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Você demostra seu amor para seu filho?


Quando nos tornamos Pai ou Mãe, a incerteza e constantes mudanças passam a ser a maior verdade de nossas vidas! A todo momento estamos explorando um território desconhecido, e quando achamos que agora já sabemos tudo ... bingo! Muda a fase da criança e começamos tudo de novo.


Uma vez eu li que criar um filho é como explorar continuamente um território desconhecido.


Cada Pai e cada Mãe traz sua própria história pessoal com qualidades e defeitos, com aptidões para algumas coisas e para outras nem tanto. A jornada diária de cuidar outro ser humano é intensa e de aprendizado continuo. Requer muito dos relacionamentos e também disposição para o crescimento pessoal. Cada criança é um presente dos céus, do jeitinho que ela é, com seu corpinho e com seu temperamento, prontinha para receber todo o nosso amor.


Nos primeiros meses a gente embala o bebê em nossos braços, e respiramos uma nova vida de amor puro. O toque, o contato visual e a proximidade são necessárias para o desenvolvimento da criança. E assim desenvolvemos um amor incondicional pelo ser tão pequenino que está diante de nós. Amar exatamente do jeito que ele é.


Até então nosso bebê não tem palavras para discutir com a gente, e nem exibe comportamentos que nos “ofendem” ou nos “desafiam”. Cada fase, que arrisco dizer que começam com os “terríveis dois anos”, parecem nos distanciar do objetivo inicial de pleno amor. Aparecem as birras e brigas. Aí então fica a pergunta: como é amar incondicionalmente? É aceitar tudo do meu filho? É achar que tudo que ele faz é lindo?


E a resposta que descobri foi NÃO!


Amor incondicional não pode ser confundido com comportamento manifestado e com estabelecimento de regras e limites. Demonstramos que amamos nossos filhos, quando separamos o amor do comportamento.


Frases do tipo: “Eu gosto de você porque arruma o quarto”

“O papai não gosta de criança birrenta”


Demonstram que só amamos na condição de algo.


Quando falamos de amor incondicional, não importa se a criança erra ou acerta, faz ou não as suas tarefas, vai mal ou bem na escola. Mas isso não significa que podemos deixa-la fazer o que quiser quando quiser! É necessário ensinar o que é certo e o que é errado, o que pode e não pode fazer socialmente.


Cortella diz, em seu livro Educação, convivência e ética, que a expressão ‘o amor aceita tudo’ é absolutamente antiética e antipedagógica. Concordo, pois a pessoa que é capaz de amar incondicionalmente é aquela que tem forças para recusar aquilo que faz mal. Por isso um pai ou uma mãe não pode jamais dizer ao filho ‘é porque eu te amo que tudo aceito’. É exatamente o inverso: é porque eu te amo que eu não quero que você use drogas; é porque eu te amo que eu quero que você seja decente. Essa relação de cuidado mútuo, só nos faz crescer.


A ética do amor não é a ética da conveniência, é a ética que é capaz de dizer ’não’ ao que tem que ser recusado.


Operacionalizar o amor não é tarefa fácil. Há diferenças entre o sentimento de amor e a demonstração de amor. Todos nós Mães e Pais, temos certeza do que sentimos por nossos filhos. Porém como manifestamos? Nossos filhos se sentem amados? Essas são as grandes questões...


É importante observarmos que aquilo que, nós Pais e Mães, entendemos por amor (amar é dar limites e cuidar) pode ser bem diferente daquilo que a criança entende como amor (amar é brincar junto).


Pais e Mães podem demonstrar esse amor pelo contato físico, com palavras carinhosas, brincadeiras e passeios ou fazendo algo de surpresa e que a criança goste muito, como um bilhete carinhoso na lancheira da escola


Em um mundo onde o ter vale mais que o ser, onde as pessoas valem mais pelo que produzem do que pelo que são, ás vezes fica difícil nos distanciarmos de tudo isso. E qual o melhor lugar que a nossa casa, dentro do ambiente familiar, cultivar uma cultura diferente ?


Deixo aqui o convite para uma manifestação de amor por dia. Sua família vai agradecer!

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